quinta-feira, 4 de agosto de 2011

1969 - Maria Bethânia


Em 1969 Maria Bethânia ainda era artista em início de carreira, com apenas 23 anos ela exibia algumas virtudes que ainda hoje marcam seu trabalho. Dentre elas listo o cuidado na preparação do disco, passando pela escolha de banda, arranjos e interpretações com grande carga emocional.
Logo na primeira faixa ela demonstra capacidade de suingar e intensamente solta os pulmões sem perder gingado. Em seguida, com densidade fala do triste momento da separação em "Pra Dizer Adeus". Já "Ponto do Guerreiro Branco" é música de domínio popular (outrora chamada de canção folclórica) em que ela convida-nos para uma roda de capoeira.
O álbum segue a variar ritmos e momentos de tristeza com outros animados. Bethânia acertou tanto no repertório (canta músicas de Dorival Caymmi, Edu Lobo, Capinan, Tom Jobim etc) como nas interpretações, ficando difícil destacar músicas, mas gosto muito do balanço cheio de metais e certa pegada jazzística em "Dois de Fevereiro", assim como da empolgação que ela explicita ao desejar sempre estar ao lado de seu amado em "Andança".

01 - Yê-Melê
02 - Pra Dizer Adeus
03 - Ponto do Guerreiro Branco
04 - Preconceito
05 - Dois de Fevereiro
06 - O Tempo e o Rio
07 - Frevo nº 2 do Recife
08 - Duas Contas
09 - Andança
10 - Onde Andarás
11 - Agora É Cinza - A Fonte Secou - Eu Agora Sou Feliz - O Nosso Amor - Cidade Maravilhosa

3 comentários:

Denise Alvarez García disse...

Excelente site , tudo interessante !
Sucesso ! Denise

Luiz Jasmin disse...

Super legal este site,focando interessantes momentos da musica pelo mundo. Gostaria de deixar registrado que as capas foram desenhadas por mim, LUIZ JASMIN, em 1968 e 1969, no Rio de Janeiro. Tanto a Boite Barroco, quanto a que canta Frevo numero II de Antonio Maria.

Luiz Jasmin disse...

Deixei um comentário falando das capas que fiz de Betania