Hoje, pensando na MTv (que agoniza), lembrei do período em que bandas descobriram clipes como ferramenta de divulgação do trabalho. Alguns marcaram o [meu] fim dos anos noventa: "Uma Brasileira" dos Paralmas tinha Djavan e piano Holz na mesma música (sucesso!); "Garota Nacional" do Skunk e aquele festival de curvas na tela - tremenda maldade com qualquer adolescente a esbanjar hormônios (não encontrei o clipe original); o clima noir e de coisa proibida que Fiona Apple colocou em "Criminal" levava a imaginação para ambientes esfumaçados; "Californication" do Red Hot tinha outra onda, mais inspirada nos videogames que começavam a impressionar com gráficos e jogabilidade; o acústico do Gilberto Gil (ok, não é clipe, mas é "fruto" da MTv) inspirou jovens tardes e plantou em mim a semente da MPB.
Tempo passa, referências mudam, surgem novidades e coisas que eram bacanas podem perder ibope. Mas em nossos corações, Estas Tardes são eternas. Ontem vivi uma dessas! Ouvir o hino nacional cantado em capela até o fim por torcida e seleção brasileira foi momento mágico. Difícil dizer o que está acontecendo por aqui, mas fica a impressão de que estamos subvertendo uma série de pré-conceitos: a nação de chuteiras é instrumento de alienação, copa serve pra ganhar votos, o povo brasileiro é passivo, blá blá blá.
Fica o desejo de que o brilho destes dias nunca se apague e que este seja um início de sérias mudanças em nosso país. Fecho o texto com palavras emblemáticas dos Paralamas: "Alguma invenção que faça o tempo parar esta tarde Quando se for o sol, que a luz deste dia nunca acabe". Será que inventamos um jeito de parar o tempo?!
quinta-feira, 20 de junho de 2013
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